Há dias estou para escrever o texto que surgirá abaixo. Não existe nenhuma pretensão maior nesse exercício apenas externar aquilo que é guardado e muitas vezes não compartilhado.
Tempos atrás recordava com amigos os tempos idos e jamais esquecidos. Nessa ocasião voltava ao ano de 2000. E nesse desenvolvimento de apego as lembranças, de fatos, de ocasiões, eu me permiti pensar em algo maior.
Existem coisas, pessoas, e fatos que ocorrem despretensiosamente em nossas vidas, quase como um tropeço. Sem razão para começar e sem explicação ao findar, elas acontecem. Muitas das vezes faz questão de deixar marcas. Muita das vezes faz questão de que você leve consigo para todo o sempre um combinado de culpa por não ter aproveitado mais os momentos compartilhados e de saudade daquelas que não fazem bem.
Um sábado ou domingo não me lembro. Os raios do sol insistentes conseguiam atravessar em um primeiro plano as nuvens e depois na tarefa mais árdua, a fumaça que nasce em Volta Redonda, até chegar aos nossos olhos.
O cenário concretizado anunciava mais um grande dia. Como de costume estava à espera da carona marcada para trinta minutos antes. Talvez um chinelo no pé, uma bermuda folgada, um blusa larga, tudo para permitir consonância entre traje e espírito.
Já havia feito aquele trajeto algumas vezes sem nunca saber por qual caminho optar. A indecisão ao final: à direita ou à esquerda, já fazia parte daquele roteiro. Pois bem, Barra Mansa era nosso destino, superando qualquer rivalidade mítica dissolvida no primeiro gole de cerveja.
Destino alcançado. Era o início de uma lembrança perene. Carro estacionado, e depois do sempre complicado exercício de sair do banco de trás, quem nos recebia era um sorriso daqueles largos, encantadores e honestos. Um sotaque nortista nos acolhia como em festas de família. Estávamos ali. E ali era todo motivo para estar. Motivo para lembrar.
Ali, não tinha nada que outro lugar não possa ter. Não havia estrelas para mensurar o aconchego. Não havia sido alvo de criticas culinárias severas. Não havia critérios nem avaliações. Havia gente! Gente da melhor espécie. Gente que gosta de gente e que gosta da gente e gente que a gente gosta!
A razão de tudo aquilo, da alegria fixa em todas as faces, nos gritos e saudações, nos abraços e nos beijos, era a celebração de compartilhar aquela tarde. Cerveja, boa música, torresmo, cachaça, feijoada, artigos principais, mas que se escondiam timidamente perante toda harmonia presente. Risadas soltas e sinceras. Nos sentíamos ali tão a vontade que era nosso lar. A mais perfeita definição. Hoje na lembrança mais saudosa!!
A vida é mesmo assim. Quando estamos em dias especiais quase nunca sabemos. Amizade é um pouco assim. Não as escolhemos, por mais que diga o senso comum. Todos temos amigos, que carregamos com a gente que se nos fosse dada a escolha racional de dizer sim ou não, diríamos não. Mas as coisas acontecem. As pessoas nos escolhem. Amizade é algo que quase sempre só se consegue avaliar quando não a temos mais. A saudade e a ausência agem como jurados implacáveis na busca do lhe faz ou não falta. O que você gostaria ou não de ainda ter com você!
Meu finado avô, grande homem, me dizia que não adianta termos um sentimento e não compartilhar! Esse é o mais puro egoísmo! O que sinto e não compartilho é como se não sentisse! O que sinto e não compartilho é privar os outros de sentir! Dessa forma, esse devaneio em .doc é para uma família especial que carrego comigo no meu coração!!
Tempos atrás recordava com amigos os tempos idos e jamais esquecidos. Nessa ocasião voltava ao ano de 2000. E nesse desenvolvimento de apego as lembranças, de fatos, de ocasiões, eu me permiti pensar em algo maior.
Existem coisas, pessoas, e fatos que ocorrem despretensiosamente em nossas vidas, quase como um tropeço. Sem razão para começar e sem explicação ao findar, elas acontecem. Muitas das vezes faz questão de deixar marcas. Muita das vezes faz questão de que você leve consigo para todo o sempre um combinado de culpa por não ter aproveitado mais os momentos compartilhados e de saudade daquelas que não fazem bem.
Um sábado ou domingo não me lembro. Os raios do sol insistentes conseguiam atravessar em um primeiro plano as nuvens e depois na tarefa mais árdua, a fumaça que nasce em Volta Redonda, até chegar aos nossos olhos.
O cenário concretizado anunciava mais um grande dia. Como de costume estava à espera da carona marcada para trinta minutos antes. Talvez um chinelo no pé, uma bermuda folgada, um blusa larga, tudo para permitir consonância entre traje e espírito.
Já havia feito aquele trajeto algumas vezes sem nunca saber por qual caminho optar. A indecisão ao final: à direita ou à esquerda, já fazia parte daquele roteiro. Pois bem, Barra Mansa era nosso destino, superando qualquer rivalidade mítica dissolvida no primeiro gole de cerveja.
Destino alcançado. Era o início de uma lembrança perene. Carro estacionado, e depois do sempre complicado exercício de sair do banco de trás, quem nos recebia era um sorriso daqueles largos, encantadores e honestos. Um sotaque nortista nos acolhia como em festas de família. Estávamos ali. E ali era todo motivo para estar. Motivo para lembrar.
Ali, não tinha nada que outro lugar não possa ter. Não havia estrelas para mensurar o aconchego. Não havia sido alvo de criticas culinárias severas. Não havia critérios nem avaliações. Havia gente! Gente da melhor espécie. Gente que gosta de gente e que gosta da gente e gente que a gente gosta!
A razão de tudo aquilo, da alegria fixa em todas as faces, nos gritos e saudações, nos abraços e nos beijos, era a celebração de compartilhar aquela tarde. Cerveja, boa música, torresmo, cachaça, feijoada, artigos principais, mas que se escondiam timidamente perante toda harmonia presente. Risadas soltas e sinceras. Nos sentíamos ali tão a vontade que era nosso lar. A mais perfeita definição. Hoje na lembrança mais saudosa!!
A vida é mesmo assim. Quando estamos em dias especiais quase nunca sabemos. Amizade é um pouco assim. Não as escolhemos, por mais que diga o senso comum. Todos temos amigos, que carregamos com a gente que se nos fosse dada a escolha racional de dizer sim ou não, diríamos não. Mas as coisas acontecem. As pessoas nos escolhem. Amizade é algo que quase sempre só se consegue avaliar quando não a temos mais. A saudade e a ausência agem como jurados implacáveis na busca do lhe faz ou não falta. O que você gostaria ou não de ainda ter com você!
Meu finado avô, grande homem, me dizia que não adianta termos um sentimento e não compartilhar! Esse é o mais puro egoísmo! O que sinto e não compartilho é como se não sentisse! O que sinto e não compartilho é privar os outros de sentir! Dessa forma, esse devaneio em .doc é para uma família especial que carrego comigo no meu coração!!
Nossa!! Como segurar as lágrimas depois de tão pura demonstração de amor? Foram pouco mais de 3 anos de convivência, mas são tantos os momentos felizes que compartilhamos que mesmo que eu vá pra China, nunca, nunca esquecerei de você! Sempre disse que, para mim, amigos são aquelas pessoas que podemos ficar anos e anos sem encontrar, mas que basta uma palavra, uma imagem, para termos certeza que essa pessoa mora no nossos corações! Os ventos da vida nos mandaram pra um pouco distante, mas aquela turma (você, Popô, Elisa, Rafael e Tiago) me acompanharão pra sempre! O que nos falta é vergonha na cara pra juntar esse povo todo de novo!! De preferência em volta do fogão a lenha da D. Eliane! Muito obrigada pela sua amizade! AMO VOCÊ!!
ResponderExcluirOlá meu querido... a palavra é mesmo um dom! E é impressionante que, sem mesmo chegar ao fim e ver a foto, desde a descriçao, sabia exatamente de quem estava falando, e me emociono muito ao lembrar que, como vc mesmo disse, num tropeço, minha vida foi decidida. Nestes tempos que pareciam ser mais uma etapa de minha vida, foram os dias decisivos para que estivesse hoje como estou... e o melhor de tudo, saber que conquistei amigos de verdade e pra vida toda como é a Sá. Ela disse tudo, só nos falta é vergonha na cara pra nos ligarmos e marcarmos alguma coisa. Grande bjo e espero que esteja bem
ResponderExcluirMeus queridos amigos,
ResponderExcluirÉ impressionante como um texto suscitou tantos sentimentos dentro de mim. O de reação imediata, e certamente para mim o mais sincero da condição humana, foi o de alegria, por estar sendo lembrado (ou por que não, não esquecido) por um amigo que, como descrito muito bem pelo querido autor, "ocorreu despretensiosamente na minha vida". O sentimento seguinte foi o de tristeza. Tristeza esta por compartilhar a opinião de que eu devia ter aproveitado mais os momentos com estas pessoas que assim como um tropeço, deixaram uma marca em mim. Uma marca que dói quando exposta ao sentimento seguinte, a saudade. Saudade do cursinho, da política, da Bohemia, do fusquinha, dos churrascos, do pão de mel, do amigo-oculto, do Popô, do Preá, da Sabrina, da Eliza, do Tiago, do Elton, do Márvio e sua família. Saudade de nós, ou, tomando a liberdade novamente, "da gente". Infelizmente a culpa e a vergonha estavam na fila após a saudade. A culpa, por ter contribuído através do distanciamento para que a tristeza e a saudade pudessem aparecer. E a vergonha, por ter respaldado o Grande Homem com o egoísmo de não ter dividido o que sinto com as pessoas que cito em algum momento anterior a este. E isto só pôde me levar ao sentimento de gratidão ao amigo que recordou com os seus os "tempos idos e jamais esquecidos" e que externou e compartilhou o que era guardado.
Faço minhas as palavras das meninas e compartilho a esperança implicita na observação de que devemos realmente tomar vergonha na cara e nos ligar para marcarmos algo!
Como um bom engenheiro gostaria de ser prático e propor uma data! Que tal 14/11/2009, sábado??? Alguém tem algum compromisso pré-agendado??? Vamos animar!
Obrigado Preá! Um grande abraço!
Eu tenho outra proposta: todos já têm compromissos pro feriado do dia 2 de novembro? Nós que moramos aqui na Cidade Maravilhosa, poderíamos subir a serra rumo à Cidade do Aço, que tal? Tô de carro novo e é tranquilo de irmos pra lá! Beijão!
ResponderExcluirDia 02 não é certo que esteja aqui. Mas vamos vendo isso! Fico feliz de ter compartilhado com vocês a saudades de gente que tanto gosto!
ResponderExcluirobrigado voces!
Como sempre sou o ultimo a ver os e-mail ou qualquer coisa da internet, mas apesar do atraso, fiquei muito emocionado e feliz, bateu sim o sentimento de nostalgia, as lembranças destes momentos, me fez pensar como foi bom esses anos que passamos juntos,esses momentos, essas amizades foram fundamentais para enfrentar aquelas dificundades que todos sabem(vestibular, falta de grana, problemas familiares...).O Mestre(ainda sem o titulo)Eduardo de Freitas comtemplou de forma brilhante aqueles momentos, a gente só queria é estar junto, bebendo ou não, comendo ou não, a gente queria é ficar próximo, falar bombeira, quase matar de tanto rir a tia(uchalá, vai pra lá ....), degustar o churrasco do tio falando da pelada, indagar o Marvio se ele ia sair com uma das mil namoradas ou os segredos do demolay, falavamos de coisas serias também, discutamos póliticas com gente grande, falavamos de tudo e no final é claro faziamos feio, era chão, chão, chão..., perfomace na grade da janela ou seja coisa que só a gente é capaz de fazer até hoje, apesar da idade e profissão. Temos sim que se encotrar isso é uma obrigação nossa com o nosso passado, no final do ano passado tentamos mas não deu certo, mas esse ano tem que sair, e quem saber reviver aqueles momentos felizes e voltar ser, nem que seja por pouco tempo, O Popô, O Sereno, O Silico, O Preá, A Elizinha e a Sá.
ResponderExcluirBeijos para todos
De novo cá estou eu chorando! Ô povo pra me fazer chorar!! Popô, como vc foi lebrar do "ichalá vai pra lá"??? Outra coisa/; sempre seremos "O Popô, O sereno, O silico, O preá, a Elizinha e a Sá"
ResponderExcluirSAUDADE DEMAIS DOCÊS!!!!!
Beijão!