Primeiro balanço do PED 2009
“Terra Trabalho e Soberania” supera 5.000 votos
Já atingimos a meta nacional de 5.000 votos para manter o posto no Diretório Nacional, com 85% dos votos apurados (*). O chapa majoritária (CNB, NR e PTLM) elege Dutra o novo presidente com cerca de 59% dos votos, e 56% do Diretório. Terão votado 500 mil filiados.
O PED de fato era o que desde o começo advertimos: uma disputa completamente desigual, com os debates esvaziados enquanto a cúpula servil ao Planalto anuncia decisões pela imprensa, desembocando no domingo no carregamento de eleitores muitas vezes com suas anuidades pagas. Nesse sentido, é um aspecto da degeneração que ameaça destruir o PT.
Merecem cumprimento os militantes dos coletivos locais, de mandatos parlamentares e da Corrente O Trabalho que enfrentaram essa difícil disputa - os únicos a não fazer concessões -, superando barreiras burocráticas desde a inscrição das chapas, combatendo politicamente pelo voto com base na plataforma Terra, Trabalho e Soberania (Petróleo estatal, Índice de Produtividade, Estabilidade etc.) e fazendo visitas de porta em porta.
Ao mesmo tempo, nosso resultado só foi possível porque os petistas são, na maioria, trabalhadores com as mesmas necessidades da massa que ainda vêem o único instrumento partidário de suas aspirações mais profundas no partido da estrela vermelha, ao qual afluíram numa escala maior que previa o próprio presidente do PT ainda ontem (400 mil), apesar das características do PED.
O fato de serem levados a votar nessas condições é exclusiva responsabilidade da cúpula de todas correntes (“esquerda” inclusive) que concebeu e aperfeiçoou o PED, o qual hoje já parece “esgotado” para muitos petistas mais do que nós, que sempre defendemos o processo dos encontros de delegados.
CANDIDATURAS PRÓPRIAS
Um primeiro impacto da afirmação do PT no cenário é sobre a “política de alianças”. Claramente, no Rio de Janeiro, as condições permitiram à militância encontrar no 2º turno da presidencial estadual uma forma de derrotar o Planalto através da candidatura própria a Governador, problema também colocado em outros Estados como SP e MG. As recentes declarações mais contemporizadoras de Lula e Dilma são um sinal disso.
Mas a defesa do PT através das candidaturas próprias nos Estados tem um conteúdo: a sustentação da realização das aspirações populares através de um governo de ruptura com o imperialismo. Foi o que formulou a plataforma Terra, Trabalho e Soberania no PED, e estará em discussão no programa da candidatura presidencial do PT, Dilma, inclusive uma “outra governabilidade” pela consulta ao povo numa Assembléia Constituinte.
Enquanto reunimos e estudamos os dados dos resultados dos Estados, seus avanços e recuos – onde já contamos a entrada em duas Executivas Estaduais, AL e SC – uma primeira conclusão pratica imediata se impõe.
DIÁLOGO PETISTA
A hora é de prolongar o resultado obtido e abrir-se para o Encontro Nacional do Diálogo Petista. As chapas TTS exploraram as mínimas brechas do PED para discutir com os filiados, e os resultados comprovam: há militantes e grupos que não viam saída no PED, inclusive em outras chapas, mas também buscam dotar o PT de outra política, ligada à luta dos trabalhadores.
É nossa responsabilidade ajudar esses companheiros agora, a encontrar os meios materiais de viabilizar sua presença dia 13 de dezembro, em SP, praticamente daqui a duas semanas, para discutir uma plataforma independente dos trabalhadores.
A questão imediata agora é de nomes, para viabilizar concretamente quem e como pode vir.
Sob o fundo de uma situação no continente onde se enfrentam revolução e contra-revolução, como se vê na contestação da fraude eleitoral que se prepara em Honduras – e que leva o governo Lula a tomar mais distancia de Obama – uma situação também marcada pela resistência no México, e pelas medidas que são levados a tomar os governos da Venezuela, Equador e Bolívia, é nessa situação que se reunirá o Diálogo Petista.
A plataforma para 2010 em discussão nas Mesas do Encontro do Diálogo Petista deverá integrar os problemas mais agudos da luta de classe – como a luta pelo Petróleo, pela Reforma Agrária, pela Retirada do Haiti, o poder de polícia para as FFAAs, entre outros - mas também o relançamento no Brasil da Conferencia Mundial Aberta de novembro de 2010, além, é claro, das iniciativas e propostas inclusive estatutárias para o 4º Congresso do PT (fevereiro), onde se destaca a luta desde já a resistência ao “acordo com o PMDB” e a luta pelas Candidaturas Próprias do PT.
25 de novembro de 2009
Comissão Executiva de O Trabalho
“Terra Trabalho e Soberania” supera 5.000 votos
Já atingimos a meta nacional de 5.000 votos para manter o posto no Diretório Nacional, com 85% dos votos apurados (*). O chapa majoritária (CNB, NR e PTLM) elege Dutra o novo presidente com cerca de 59% dos votos, e 56% do Diretório. Terão votado 500 mil filiados.
O PED de fato era o que desde o começo advertimos: uma disputa completamente desigual, com os debates esvaziados enquanto a cúpula servil ao Planalto anuncia decisões pela imprensa, desembocando no domingo no carregamento de eleitores muitas vezes com suas anuidades pagas. Nesse sentido, é um aspecto da degeneração que ameaça destruir o PT.
Merecem cumprimento os militantes dos coletivos locais, de mandatos parlamentares e da Corrente O Trabalho que enfrentaram essa difícil disputa - os únicos a não fazer concessões -, superando barreiras burocráticas desde a inscrição das chapas, combatendo politicamente pelo voto com base na plataforma Terra, Trabalho e Soberania (Petróleo estatal, Índice de Produtividade, Estabilidade etc.) e fazendo visitas de porta em porta.
Ao mesmo tempo, nosso resultado só foi possível porque os petistas são, na maioria, trabalhadores com as mesmas necessidades da massa que ainda vêem o único instrumento partidário de suas aspirações mais profundas no partido da estrela vermelha, ao qual afluíram numa escala maior que previa o próprio presidente do PT ainda ontem (400 mil), apesar das características do PED.
O fato de serem levados a votar nessas condições é exclusiva responsabilidade da cúpula de todas correntes (“esquerda” inclusive) que concebeu e aperfeiçoou o PED, o qual hoje já parece “esgotado” para muitos petistas mais do que nós, que sempre defendemos o processo dos encontros de delegados.
CANDIDATURAS PRÓPRIAS
Um primeiro impacto da afirmação do PT no cenário é sobre a “política de alianças”. Claramente, no Rio de Janeiro, as condições permitiram à militância encontrar no 2º turno da presidencial estadual uma forma de derrotar o Planalto através da candidatura própria a Governador, problema também colocado em outros Estados como SP e MG. As recentes declarações mais contemporizadoras de Lula e Dilma são um sinal disso.
Mas a defesa do PT através das candidaturas próprias nos Estados tem um conteúdo: a sustentação da realização das aspirações populares através de um governo de ruptura com o imperialismo. Foi o que formulou a plataforma Terra, Trabalho e Soberania no PED, e estará em discussão no programa da candidatura presidencial do PT, Dilma, inclusive uma “outra governabilidade” pela consulta ao povo numa Assembléia Constituinte.
Enquanto reunimos e estudamos os dados dos resultados dos Estados, seus avanços e recuos – onde já contamos a entrada em duas Executivas Estaduais, AL e SC – uma primeira conclusão pratica imediata se impõe.
DIÁLOGO PETISTA
A hora é de prolongar o resultado obtido e abrir-se para o Encontro Nacional do Diálogo Petista. As chapas TTS exploraram as mínimas brechas do PED para discutir com os filiados, e os resultados comprovam: há militantes e grupos que não viam saída no PED, inclusive em outras chapas, mas também buscam dotar o PT de outra política, ligada à luta dos trabalhadores.
É nossa responsabilidade ajudar esses companheiros agora, a encontrar os meios materiais de viabilizar sua presença dia 13 de dezembro, em SP, praticamente daqui a duas semanas, para discutir uma plataforma independente dos trabalhadores.
A questão imediata agora é de nomes, para viabilizar concretamente quem e como pode vir.
Sob o fundo de uma situação no continente onde se enfrentam revolução e contra-revolução, como se vê na contestação da fraude eleitoral que se prepara em Honduras – e que leva o governo Lula a tomar mais distancia de Obama – uma situação também marcada pela resistência no México, e pelas medidas que são levados a tomar os governos da Venezuela, Equador e Bolívia, é nessa situação que se reunirá o Diálogo Petista.
A plataforma para 2010 em discussão nas Mesas do Encontro do Diálogo Petista deverá integrar os problemas mais agudos da luta de classe – como a luta pelo Petróleo, pela Reforma Agrária, pela Retirada do Haiti, o poder de polícia para as FFAAs, entre outros - mas também o relançamento no Brasil da Conferencia Mundial Aberta de novembro de 2010, além, é claro, das iniciativas e propostas inclusive estatutárias para o 4º Congresso do PT (fevereiro), onde se destaca a luta desde já a resistência ao “acordo com o PMDB” e a luta pelas Candidaturas Próprias do PT.
25 de novembro de 2009
Comissão Executiva de O Trabalho
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